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Real Digital: uma arma maligna contra a liberdade

29,11,22

Por Enio Willian da Silva

O Real Digital será tão devastador que é possível afirmar com segurança que ele será uma arma maligna poderosa contra a liberdade das pessoas.

Você já ouviu falar do Real Digital? Sim, ele foi elaborado pelo Banco Central do Brasil, com testes práticos previstos para 2023 e seu lançamento para 2024. É claro que todo o processo de implantação leva tempo, às vezes anos, mas a ideia é que, devagar, ele comece a fazer parte da realidade dos brasileiros. Quando sua implantação estiver totalmente concluída, a destruição que ele causará, quando utilizado por um governo corrupto e autoritário, será tanta que as pessoas clamarão por socorro, mas não terão a quem recorrer.

Uma moeda digital possui as mesmas funcionalidades de uma moeda física comum, com a diferença de que ela existe somente no meio digital. Também é muito semelhante às criptomoedas, mas será totalmente regulamentada pelo banco central de cada país. Na China, por exemplo, o Yuan Digital já começou a ser testado e a tendência é que seja implantado logo logo. Nos EUA, o assunto ainda está em discussão e nada foi definido até o momento.

A criação das moedas digitais vem depois que as criptomoedas caíram no gosto de muitos investidores e cidadãos que estão fugindo do controle financeiro imposto pelos governos. Para quebrar essa ameaça, os países decidiram criar suas próprias moedas digitais, mas o processo ainda está engatinhando e levará tempo para ser implantado totalmente. Mas, quando isso ocorrer, prepare-se!

Ao contrário do Bitcoin, por exemplo (a moeda digital mais conhecida no mundo), uma CDBC (Central Bank Digital Currency), sigla em inglês para “Moeda Digital de Banco Central”, é totalmente centralizada e controlada pelo governo e será totalmente rastreada. Isso significa que o governo saberá tudo o que você fizer envolvendo recebimentos ou pagamentos. Hoje a Receita Federal já faz isso, mas não se compara com o controle que uma moeda digital proporcionará no futuro.

Por que uma moeda digital será tão perigosa assim?

Na verdade, uma moeda digital, quando implementada totalmente, não será apenas perigosa, mas devastadora. Trata-se de uma das maiores armas diabólicas já criadas para controle total da população. A razão é muito simples: ela será devastadora porque não existirá fisicamente, somente no mundo digital. Não haverá como ir no banco, sacar seu dinheiro e colocá-lo no bolso. Simples assim!

A principal vantagem em favor da moeda digital

A principal, talvez única, vantagem que os defensores da moeda digital apontam é o combate ao crime organizado e às operações ilegais como lavagem de dinheiro, dentre outras. É verdade que será muito mais difícil praticar atos ilícitos num ambiente assim, pois o dinheiro será facilmente rastreável, bloqueado pelo governo e os infratores rapidamente identificados. Também evitará a prática de sequestros, pois, mesmo com o resgate pago, o dinheiro poderá ser rastreado e devolvido aos verdadeiros donos. Outra vantagem disseminada refere-se aos custos de produção. Um governo gastará muito menos para criar uma moeda digital do que para imprimir papel moeda aos bilhões todos os anos.

Com vantagens tão maravilhosas como essas, o que de tão ruim existe para que eu o considere uma arma diabólica? Pelo fato dela não existir no mundo físico e não ter como ser sacado em nenhum banco, começa-se, então, o verdadeiro pesadelo.

Como o Brasil já deu o pontapé inicial para a implantação do seu Real Digital, então não estou criando nenhuma teoria da conspiração aqui. Isso já é realidade, infelizmente. Nas mãos certas, ele pode ser até útil. Entretanto, nas mãos erradas, a população viverá um pesadelo de grandes proporções. Se você gosta de ser totalmente controlado pelo governo, essa moeda não trará nenhum prejuízo a você. Fique tranquilo! Agora, se você preza por sua liberdade, cuidado!

E se o Real Digital existisse desde 2019?

Você já imaginou o que teria ocorrido no Brasil se o Real Digital já existisse desde o ano de 2019? Ele ainda está engatinhando, mas vamos fazer um exercício hipotético, mas sério, com hipóteses plausíveis de serem realizadas se sua implantação já estivesse em pleno vigor há três anos. Vamos começar?

2019

Tudo normal na nação brasileira. As pessoas compram e vendem normalmente, utilizando-se o Real Digital, pois o dinheiro físico não mais existiria.

2020

De repente, surge um vírus na China e ele se espalha pelo mundo. A ONU decreta pandemia no planeta (algo quase impossível de ocorrer, mas ocorreu);

O STF retira o poder de gestão da pandemia do governo federal (previsto na Constituição) e o dá a governadores e prefeitos. Mesmo sendo inconstitucional, essa decisão foi cumprida à risca;

Governadores e prefeitos decretam lockdowns para conter o vírus, defendendo o “Fique em casa: a economia a gente vê depois”. STF e todo o judiciário brasileiro, quase toda a imprensa, artistas, ONU, OMS e outras entidades defendem e decretam a mesma medida;

Somente setores essenciais são autorizados a funcionar durante o confinamento;

Governo do Rio Grande do Sul fecha corredores e gôndolas inteiras de supermercados, determinando à população o que estava autorizado a ser vendido ou não.

Nesse momento, bastaria os governadores bloquearem o Real Digital que nenhuma pessoa poderia comprar coisas consideradas não essenciais. Se um cliente ousar comprar uma toalha, por exemplo, ao passar no caixa do supermercado, esse item, automaticamente, já estaria bloqueado para venda e seu dinheiro digital não seria utilizado para esse fim. A moeda digital estaria livre para uso somente para aquisição de medicamentos, arroz, feijão e alguns outros itens determinados pelas autoridades que estivessem no poder naquele momento.

Lembre-se que o governador Dória tentou (ou cogitou a possibilidade) utilizar os sinais das operadoras de telefonia celular para identificar pontos de aglomeração de pessoas. Se foi determinado que as pessoas deveriam ficar em casa, bastaria ele solicitar o bloqueio do dinheiro da população do Estado de São Paulo e pronto: ninguém teria razão para sair de casa, pois não poderiam comprar nem fazer negócio algum durante esses dias. Embora fosse um absurdo, ministros do STF apoiariam essa decisão e dariam esse poder ao governador paulista.

2021

As primeiras vacinas contra o vírus surgem no mundo e autoridades as tornam obrigatórias, mesmo sem garantias de efetividade das mesmas;

STF e Senado Federal decretam a obrigatoriedade da vacina em prol do bem comum;

STF diz que a vacina não será compulsória, mas que governadores e prefeitos poderão impor regras para que a população se vacine;

Fóruns, Justiça Federal e outros órgãos públicos do Estado de São Paulo passam a exigir o passaporte da vacina para a entrada de cidadãos em suas dependências.

Bastariam eles realizarem um cruzamento de dados e bloquear o dinheiro digital das pessoas que não constarem no sistema de saúde como já vacinadas contra o vírus. Mesmo sendo inconstitucional, tal ato teria facilmente a aprovação do STF. Lembre-se: não há como recorrer, pois trata-se da última instância do judiciário brasileiro. Rapidinho toda a população seria vacinada.

2022

Deputado federal faz fortes críticas ao STF e um único ministro determina sua prisão e, posteriormente, o bloqueio de seus bens. Como o Real Digital já estaria em vigor, esse deputado não teria nenhuma chance de ter dinheiro físico guardado em sua casa para passar por essa situação;

STF aplica multas pesadas ao mesmo deputado. Como não há dinheiro físico, essa multa já seria debitada automaticamente de suas contas, mesmo o deputado recorrendo contra uma decisão proferida pela última instância da justiça (se é que isso pode ser chamado de justiça);

Após o início das eleições, dezenas de pessoas passam a criticar a atuação ilegal e parcial do TSE e têm suas redes sociais canceladas ou tiradas do ar. Alguns poucos jornais e emissoras de rádio passam a criticar o candidato do PT, que foi condenado por roubo, corrupção, lavagem de dinheiro, e citam sua associação com o crime organizado, mas são punidos pelo TSE, sob multa diária em caso de descumprimento.

Já com o Real Digital, bastaria bloquear o dinheiro dessas pessoas e empresas jornalísticas que o “problema” estaria resolvido, afinal, não teria como ninguém esconder parte do dinheiro debaixo do colchão;

Após o resultado das eleições, o candidato do PT é declarado como sendo o vencedor pelo TSE e pessoas do Brasil todo começam a se manifestar contra um ladrão voltar a Presidência da República;

TSE determina multa de R$ 100 mil por hora aos caminhoneiros que se mantiverem na manifestação. Essas multas seriam pagas rapidamente com a moeda do país sendo totalmente digital;

No dia 17 de novembro, um ministro do STF determinou o bloqueio de 43 contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas por suspeita de financiar os atos totalmente democráticos e legítimos que estão ocorrendo no país inteiro em decorrência das fraudes e manipulação do processo eleitoral. Bastaria bloquear o Real Digital dessas pessoas e empresas e tudo se resolveria com muito mais facilidade. Aliás, seria possível bloquear até muito mais pessoas ou empresas com uma moeda 100% digital. O mesmo que ocorreu no Canadá durante a pandemia está acontecendo no Brasil após o resultado das eleições. Isso não é mais teoria da conspiração. É uma realidade triste, dura e cruel contra pessoas e empresas.

Multas

Você já dirigiu um veículo com apenas uma das mãos ao volante? Saiba que isso é infração e dá multa. Imagine que você esteja com apenas uma das mãos ao volante no momento em que passa por uma fiscalização. Provavelmente receberá uma multa. Se você estava errado, deverá pagar pelo erro. Mas, como o Real Digital já estaria em vigor, o valor dessa multa seria debitada automaticamente de sua conta, mesmo você não tendo planos de pagá-la naquele exato momento.

Manifestações seriam facilmente reprimidas

No começo de 2022, no Canadá, pessoas saíram às ruas para protestar contra a obrigatoriedade da vacina contra a COVID 19. O governo simplesmente autorizou o bloqueio das contas bancárias dos manifestantes com o objetivo de reprimir as contestações do povo. Se lá já existisse a moeda digital canadense, esse bloqueio seria mais rápido, fácil e tenebroso.

Se fizeram isso no Canadá, manifestações brasileiras também poderiam ser reprimidas com bloqueios financeiros da população que estivessem participando desses chamados “atos antidemocráticos”, assim como acabou de ocorrer no dia 17 de novembro, enquanto eu redigia esse texto, por ordem de um único ministro do STF.

Não brinque com a imaginação de autoridades ditadores e malignos, pois eles usam todo o poder que têm para destruir uma nação inteira se possível for. Não duvide disso!

A moeda digital também pode ser programável

Na China, o Yuan Digital já começou a ser testado e, por lá, além da moeda passar a ser digital, terá data de validade. É isso mesmo! O que já era tenebroso passou a ser assustador. Moedas com prazo de validade evitariam o surgimento de crises econômicas, por exemplo.

A ideia é simples: A China planeja colocar validade em seu Yuan Digital. Dessa forma, quando o governo quiser que o consumo aumente para conter uma eventual resseção ou crise, basta obrigar que a população gaste seu dinheiro dentro de determinada data. Quem não fizer isso… bem, você já sabe o que pode ocorrer. Um produto vencido perde sua funcionalidade, concorda?

Por outro lado, caso o governo queira conter a inflação, ao invés de subir a taxa de juros para reduzir o consumo, basta bloquear o dinheiro das pessoas ou limitar a sua utilização. Se isso já é planejado na China, o Brasil poderá adotar essa prática também e com aval do STF, provavelmente. Por isso, nem adianta recorrer dessa decisão. Aliás, você recorreria a quem?

Entendeu, agora, porque uma moeda digital é tão perigosa? É uma arma diabólica contra a liberdade das pessoas. O cidadão que não concordar com as imposições de um governo autoritário seria facilmente “cancelado”. Sim, isso seria um pesadelo.

Hoje ainda podemos protestar e dizer NÃO a isso. Entretanto, se não fizermos nada enquanto há tempo, não teremos condições depois.

Calma! Não é bem assim

Talvez você esteja dizendo:

Calma! As coisas não são bem assim. Qualquer decisão ilegal seria contestada. Somente pessoas que estejam fazendo coisas erradas teriam que se preocupar. Se você é cidadão de bem, não tem o que temer”.

Será mesmo? Tem certeza?

No Brasil, o judiciário está tomando diversas ações inconstitucionais e ilegais. Mesmo assim, todas elas estão sendo cumpridas à risca. Liberdade de expressão é algo garantido pela Constituição, mas o TSE não pensa dessa forma e está aplicando penalidades para pessoas que expressam algo contrário ao que o tribunal deseja. Isso já está ocorrendo durante e após as eleições aqui no país e ninguém conseguiu barrar essas ilegalidades.

E outro detalhe: algo que nunca foi considerado crime no Brasil pode passar a ser de uma hora para outra, de repente, basta haver um entendimento nesse sentido por um ministro qualquer do STF.

O fato é que uma moeda digital nas mãos de um governo autoritário faria todas as pessoas sofrerem, independente se essa pessoa é considerada de “bem” ou não.

É certo que o dinheiro físico tem suas limitações e desvantagens, mas uma moeda totalmente digital traria um estrago muito maior à população. A liberdade seria arrancada dessas pessoas. Isso é assustador.

E mais: uma moeda digital seria um avanço enorme para o surgimento de um governo mundial autoritário que impediria as pessoas de comprarem e venderem sem aceitar as regras impostas pelo sistema. Para mais informações sobre esse último ponto, leia a bíblia, especialmente Apocalipse 13.16-18.

Outros truques da indústria para enganar você

21,05,22

Por Enio Willian da Silva Romão

Já escrevi em outros textos, neste blog, sobre alguns truques que a indústria utiliza para enganar os consumidores, ou para induzi-los ao erro, como queiram chamar esse tipo de comportamento ou estratégia.

Primeiro, abordei sobre a redução do peso que diversos produtos tiveram ao longo do tempo. Sabonetes, caixas de bombons, iogurtes, sabão em pó, bolachas e sorvetes em potes são alguns desses exemplos. Escrevi, também, dos alimentos congelados que, além da redução do peso, são vendidos contendo entre 8% e 10% de água em forma de gelo junto ao produto. Caso queira ler esse artigo, clique aqui.

Depois, abordei sobre as embalagens gigantes que os fabricantes usam para colocarem pouca quantidade de produto dentro. Ao abrir uma embalagem de rosquinha de coco, por exemplo, além dela estar totalmente tampada, impedindo do consumidor visualizar o produto dentro dela, e cheia de ar, o consumidor se depara com apenas metade do pacote ocupado com bolacha. O cliente tem a sensação de comprar um pacote enorme cheia de bolachas, mas, de fato, leva pouca quantidade de produto para a casa. Realmente é frustrante pagar caro e ser iludido dessa forma. Para ler esse artigo, acesse aqui.

Agora, quero abordar sobre outro truque usado pelos fabricantes para induzir o consumidor ao erro. Trata-se da queda da qualidade que vários produtos estão apresentando, ou simplesmente, a substituição sutil de um produto por outro muito semelhante, mas de baixa qualidade. O consumidor desavisado não consegue identificar a diferença no momento da compra e acaba comprando um tipo de alimento achando que é outro. Citarei alguns exemplos:

Açafrão e canela

Sabemos que o açafrão é uma excelente especiaria, mas essa verdade é colocada em xeque quando ela é misturada com fubá. Isso mesmo! Alguns fabricantes estão misturando fubá ao açafrão. Percebemos isso somente quando lemos a composição do produto (os ingredientes) no rótulo. Também estão fazendo a mesma coisa com a canela em pó, misturando-a com fubá.

Leite em pó

Antes de comprar leite em pó no supermercado, verifique se o produto é, realmente, “leite em pó”. Alguns fabricantes, na tentativa de tornar esse produto mais barato, estão colocando à venda outro semelhante, chamado de “composto lácteo em pó”. Embalagem peso e consistência parecidas com leite em pó, mas não é.

Leite condensado e creme de leite

Assim como o leite em pó, o leite condensado e o creme de leite também estão sendo substituídos por outros produtos parecidos, chamado de “mistura láctea condensada” e “mistura de creme de leite” ou nomes parecidos. A embalagem, o design e o tamanho são parecidíssimos com seus pares originais, mas o produto em si é diferente. O argumento utilizado pelos fabricantes são os mesmos: “trata-se de mais uma opção de compra para que o consumidor se sinta à vontade para escolher aquilo que mais atende à sua necessidade”. Embora o discurso seja lindo, na prática, vemos muitas pessoas comprando esses produtos genéricos achando que são “verdadeiros”, mas o resultado na cozinha não será o mesmo. No começo, eles são até mais baratos, mas com o tempo, o preço sobe até atingir o mesmo patamar dos primeiros produtos. E acredite: O preço do leite condensado e do creme de leite, por sua vez, aumentarão de preço, como sempre.

É fato que preparar uma receita com leite condensado (ou creme de leite) não é a mesma coisa que fazer o mesmo prato com mistura láctea condensada ou mistura de creme de leite.

Acredite! Marcas famosas estão aderindo a essa prática ruim. Aliás, elas parecem estar na vanguarda dessa “inovação”.

Suco de uva

O suco de uva integral sempre foi vendido como sendo uma bebida 100% pura, sem adição de água, conservantes, açúcar e outros componentes que não sejam a própria uva. No entanto, atualmente, quando encontramos esse suco no supermercado, percebemos que, na maioria das vezes, não se trata mais de uma bebida 100% pura. Até as marcas famosas estão misturando o suco de uva ao suco de maçã e vendendo como se fosse suco de uva puro. Outras marcas estão adicionando água no suco ou vendendo o produto como “suco de uva reconstituído”. Só é possível perceber essa mudança de “má fé” quando lemos o rótulo atentamente.

Inúmeros outros exemplos poderiam ser citados aqui, mas esses já revelam a tendência que os consumidores encontrarão daqui para frente: leite que não é mais leite, leite condensado que não é mais leite condensado, suco de uva que não é mais suco 100% puro e assim por diante.

Não há como afirmar que se trata de práticas enganosas, pois consta no rótulo a identificação do produto, mas são práticas de má fé, pois induzem o cliente ao erro no momento da compra.

Isso significa que, se quisermos consumir os produtos “verdadeiros” teremos que pagar muito mais caro. Caso contrário, teremos que nos contentar com produtos de baixa qualidade e com os mesmos preços daqueles que consumíamos antigamente.

Os truques da indústria para enganar você

22,03,21

Enio Willian da Silva Romão

   Eu já havia abordado anteriormente sobre o aumento silencioso dos preços de vários produtos que compramos nos supermercados e que muitos consumidores não perceberam (acesse esse artigo completo aqui). Essa prática é chamada de inflação oculta e consiste em reduzir o peso dos produtos e manter seus preços nos mesmos níveis. Em alguns casos, os preços até aumentam. Na prática, o consumidor leva para sua casa cada vez menos quantidade, mas paga o mesmo preço de antes ou até mais do que isso. Quase todos os produtos tiveram redução em seus pesos de uns anos para cá.

O que a indústria está fazendo agora é inacreditável!

   Mas, os truques praticados pela indústria não param por aí. Eles querem aumentar seus lucros a todo custo. Agora, além de reduzir os pesos de seus produtos, eles procuram manter as embalagens do mesmo tamanho. Essa prática induz o consumidor a acreditar, inconscientemente, de que o tamanho, o peso e a quantidade do produto não sofreram alterações. Na próxima vez que você entrar num supermercado, observe algumas embalagens de bolachas, peixes, achocolatados, bombons, dentre outros produtos. A quantidade diminuiu, mas o tamanho da embalagem continua o mesmo. Ou seja, você se depara com uma embalagem enorme, mas com menos da metade dela, de fato, ocupada com produto. Preste atenção ao analisar um pacote de peixe congelado, por exemplo. Antigamente, peixes eram vendidos por quilo. Hoje, as embalagens contêm 800g ou menos. Tem algumas que pesam apenas 500g. Entretanto, o tamanho de suas embalagens é enorme, com espaço para caber tranquilamente 1 quilo ou mais do mesmo produto. Mesmo o consumidor vendo que metade da embalagem se encontra vazia, seu cérebro não entende dessa forma. Essa ilusão faz com que, mesmo sem perceber, seu cérebro acredite que você está levando muito mais produto. E o preço? O preço continua subindo.

Mas, pode ficar pior. Acredite!

   Mas, ainda pode ficar pior. Percebemos que, além de diminuir o tamanho do produto e aumentar o tamanho da embalagem, algumas marcas ainda colocam seus produtos dentro de embalagens que não são transparentes. Ou seja, você não consegue, sequer, ver a quantidade de produto que está lá dentro. É possível apenas visualizar o desenho que os fabricantes imprimiram na embalagem e, lá, você vê o produto ocupando toda ela. Pura ilusão! Ao abrir, perceberá que mais da metade do tamanho da embalagem contém ar.

E pode piorar ainda mais? Sim!

   Além de reduzir o peso dos produtos (mantendo ou aumentando seus preços), colocá-los em embalagens gigantes e tampar essas embalagens para que o consumidor não enxergue a quantidade de produto que está lá dentro, alguns fabricantes ainda enchem o restante da embalagem vazia com ar. Isso mesmo! O que já era péssimo ficou ainda pior. Com uma embalagem totalmente gigante, tampada e lacrada com ar dentro, fica impossível o consumidor apalpar o item com as mãos para identificar a quantidade de produto que, de fato, existe lá dentro. Com essa técnica (embalagens cheias de ar), acreditamos que a embalagem está cheia do produto, mas não está. Menos da metade é produto. O restante é ar armazenado. Sem contar que, no caso de produtos congelados, entre 6% e 12% é água (gelo que se une ao produto).

   Deixo registrado aqui minha indignação e que essa informação possa chegar ao maior número possível de pessoas. Não apenas isso: que nós, consumidores, possamos se posicionar e fazer alguma coisa para impedir que os fabricantes ajam de má fé na tentativa de enganar seus próprios clientes.

   Abraços a todos!

Multiplicando patrimônio pós pandemia

12,03,21

Por Enio Willian da Silva Romão

    A pandemia causada pelo Coronavírus trouxe muitos desafios para a humanidade. O vírus surgiu numa cidade da China no final de 2019, nada (ou pouca coisa) foi feito para extinguí-lo, se alastrou pelo planeta no início de 2020 e o mundo inteiro ainda sofre com os seus efeitos devastadores, em 2021.

    Vidas se perderam, empresas fecharam as portas, trabalhadores foram demitidos e países entraram em crise. Não há como quantificar as perdas e prejuízos mundo afora, pois vidas humanas não têm preço. O certo é que muitos ativos ficaram mais baratos no pico da pandemia. Gostaríamos que essa crise nunca tivesse ocorrido, mas ocorreu. Resta sabermos superá-la.

    Entretanto, quando olhamos pela ótica dos investimentos, muitas ações de ótimas empresas listadas em bolsa se desvalorizaram mais de 50% quando comparadas ao preço máximo que atingiram em janeiro de 2021. Já imaginou comprar excelentes ativos com desconto de mais de 40% ou 50%? Quem estava preparado e agiu de maneira estratégica no momento de pânico dos mercados conseguiu aproveitar essas promoções espetaculares na bolsa de valores. Aí entra a mensagem principal desse texto na qual quero compartilhar com você:

Crises: as divisoras de águas

    As crises costumam ser divisores de águas para os investidores. Comprar ativos de ótima qualidade por preços extremamente baixos significa multiplicar o patrimônio dentro de alguns poucos anos à frente.

    Já percebeu quase todas as ações negociadas já recuperaram boa parte de seus preços em menos de um ano após a explosão da pandemia? Observe as excelentes empresas e veja quanto suas ações valiam antes da crise e quanto valem hoje (este artigo foi escrito em março de 2021). Você verá que a recuperação foi quase que total. As boas organizações costumam sobreviver às crises na maioria das vezes. A crise do subprime, ocorrida em 2008, levou muitos especialistas a acreditarem que grandes empresas não iriam sobreviver, mas elas sobreviveram e saíram mais forte dela. Geralmente, empresas lucrativas e bem administradas ficam mais fortes depois de grandes crises. Pense nisso!

Encurtando o caminho para a independência financeira

    Investir em ações de ótimas empresas já é o principal caminho para o enriquecimento e construção de patrimônio pessoal ou familiar. Faça isso consistentemente e você alcançará a independência financeira entre 7 e 15 anos. Contudo, quando se aproveita uma crise que abala os mercados financeiros, esse tempo pode se reduzir drasticamente.

    É importante lembrar que, sempre após uma crise, novos milionários surgem no mundo um ou dois anos depois. Por que isso acontece? São pessoas que aproveitam a queda repentina dos ativos e compram tudo o que conseguem no momento de desespero dos demais investidores. Quando os mercados se recuperam (e isso sempre acontece, acredite!), o patrimônio dos investidores inteligentes se multiplicam de maneira exponencial. Essa é a diferença entre alcançar um sonho dentro de 15 ou 5 anos.

    Não significa que isso acontecerá com 100% de certeza. Não existe garantia de retorno no mercado, mas já aconteceu inúmeras vezes ao longo da história. Por que não aconteceria dessa vez?

As super promoções já passaram: e agora?

    Mesmo que o momento ideal para comprar ações já tenha ficado para trás, sempre é momento para iniciar seus investimentos rumo à construção de patrimônio. As boas empresas sempre crescem e seus lucros aumentam ano após ano. Mesmo comprando ações hoje, elas ainda se mostrarão ótimas oportunidades de investimento a longo prazo. Que tal começar ainda hoje? Mesmo enfrentando crises, os resultados que você colherá serão melhores do que os benefícios da aposentadoria que você receberá do INSS, isso se receber.

Minhas reflexões sobre a crise do Coronavírus

18,04,20

Por Enio Willian da Silva Romão

   A pandemia causada pelo Coronavírus está deixando o mundo em alerta. Países tentam como podem combater esse vírus invisível, mas que pode ser mortal. Se não bastassem os impactos desastrosos que atingem diretamente a saúde das pessoas, essa crise humanitária é apenas a “ponta do iceberg”. Saúde não tem preço e tudo o que for possível fazer para que pessoas não sejam afetadas ou morram será muito bem-vindo. A vida humana deve sempre estar em primeiro lugar. Mas, não quero falar aqui sob o ponto de vista da saúde, pois sabemos que ela é prioritária. O problema é o que virá depois.

O que virá depois?

   Não sabemos ao certo quando esse vírus será controlado e, se possível, extinto. Também não temos a data certa do fim do isolamento social. Entretanto, quando a quarentena terminar e tudo voltar ao normal (normal? Será?), outra crise de grandes dimensões começará no país: a econômica.

   Tente imaginar as consequências para uma economia que ficou várias semanas parada? Com exceção de alguns setores (alimentício, farmacêutico, dentre outros), todos os demais passaram muitos dias sem atividades, ou seja, com despesas para pagar e sem geração de receitas.

   Resumindo, muitas micro, pequenas e médias empresas irão à falência. Muitas quebrarão nos próximos meses. Sabemos que essas empresas de pequeno e médio porte são as que mais empregam no Brasil. Dados do Sebrae apontam que 99% dos estabelecimentos são formados por empresas de pequeno porte. Elas respondem por mais de 50% dos empregos formais. Isso significa dizer que muitos empregos serão fechados. O número de desempregados irá explodir. Sim, são projeções alarmantes.

   Hipoteticamente falando, se uma pequena empresa fecha, aproximadamente 5 ou 10 pessoas ficam sem emprego e renda. Já imaginou o que pode acontecer ainda em 2020?

   Até empresas de grande porte irão sofrer bastante. Shoppings centers estão fechados há semanas. Isso significa que até empresas de grande porte não estão isentas de fechamento de suas atividades se não forem socorridas a tempo.

E depois?

   Depois da quebradeira geral e do desemprego explodir, outra onda também tem chance de afetar o país: a queda de salários. Para aqueles que perderem o emprego, fatalmente terão que procurar novas oportunidades aceitando salários menores. Como os preços nos supermercados continuam aumentando, com ou sem crise, o poder de compra dos trabalhadores cairá drasticamente. É evidente que torço para que essas projeções nunca aconteçam, mas as evidências apontam para essa realidade, infelizmente.

Chegamos ao fim do mundo?

   Felizmente, como em todas as crises pelas quais o Brasil e o mundo passaram, essa também será superada com o tempo. A grande depressão de 1929, o fim do sistema padrão ouro (1971), a crise dos Tigres asiáticos (1997), a crise das empresas pontocom (2000), os atentados de 11 setembro (2001), a crise da Argentina (2001-2002), a crise do subprime (2008) e a pandemia do Coronavírus são apenas alguns exemplos de crises mundiais vividas pela humanidade. E ainda nem citei todas. Elas foram superadas e a atual também será.

   Contudo, a mensagem central que quero deixar aqui é: prepare-se! O fim da quarentena não significará o fim da crise. Empresas quebrando, desemprego explodindo e preços aumentando ainda são eventos que, provavelmente, surgirão daqui para frente.

Oportunidades à vista? Sim, elas existem

   Com o tempo, tudo será reestabelecido, graças a Deus. Mas, precisamos estar preparados para esse intervalo. Para quem tem reservas de capital, agora é a hora de fazer bons negócios, pois nem tudo está caro. Algumas coisas caíram de preço sim. Ações de boas empresas, imóveis e outros ativos de valor estão a preços bem atrativos atualmente. Quem souber aproveitá-los, comprá-los e segurá-los, verá seu patrimônio crescer nos próximos anos. Mas, é preciso ter paciência e o mínimo de conhecimento para isso. É verdade que várias companhias já anunciaram suspensão temporária de distribuição de dividendos a seus acionistas, mas isso não durará por muito tempo. Quando essa crise acabar, os lucros voltarão a ser distribuídos e com valores maiores. Quem se mantiver sócio dessas empresas lucrativas desfrutarão desses benefícios futuros.

   Já percebeu que toda vez que o mundo entra em crise, novos milionários surgem anos depois? Isso acontece exatamente porque algumas pessoas aproveitam as crises para investirem e fazerem bons negócios. Pode esperar que dentro de três a cinco anos novos milionários aparecerão em decorrência da boa alocação que fizeram de seus recursos.

Lições rápidas a serem aprendidas

   Algumas lições que deixo aqui são as seguintes:

    Sempre tenha uma reserva de emergência para tempos de crises;

    2º Sempre gaste menos do que se ganha;

    3º Sempre invista entre 10% e 30% de sua renda em bons ativos de valor;

   4º Se possível, tenha capital para fazer bons negócios em tempos de crise, pois alguns ativos ficam extremamente baratos nesses períodos;

  5º Sempre haverá crises, mas elas, por mais dramáticas que sejam, acabam. Essa crise também passará, mas precisamos estar preparados para crescermos com ela, seja emocionalmente, fisicamente, profissionalmente ou financeiramente.

   Grande abraço a todos!

Juros baixos: chegou a hora de se mexer

03,02,20

Por Enio Willian da Silva

   O Brasil vive um momento histórico nestes últimos anos. A taxa básica de juros, a SELIC, vem despencando ladeira abaixo desde seu pico, registrado no período entre julho de 2015 e outubro de 2016. De 14,25% ao ano, ela já se encontra em 4,5% (dados de dezembro de 2019). Parece que a cada reunião do COPOM (Comitê de Política Monetária) significa um corte nos juros e isso tem provocado uma transformação no cenário econômico nacional.

O que eu tenho a ver com isso?

   Bom… Vamos analisar de maneira rápida essa transformação.

   Os juros estão caindo consecutivamente no Brasil desde 2016. O CDI (Certificado de Depósito Bancário) acompanha a SELIC. Logo, a taxa do CDI também vem caindo desde então. A maioria dos investimentos em renda fixa tem o CDI como principal parâmetro. Ou seja, o desempenho desses ativos está se reduzindo. CDBs, LCAs, LCIs, debêntures, títulos públicos, fundos de investimentos de renda fixa e outros estão com retornos pífios. A caderneta de poupança, que nem é considerado como investimento, mal consegue vencer a inflação. Na verdade, quase nunca vence.

   Resumindo, a cultura da maioria dos brasileiros que aplicam seus recursos é concentrada em produtos de renda fixa. Para esse público (que é a maioria no país), algo precisa mudar: a mentalidade. Ou o brasileiro aprende a alocar seu capital em ativos mais interessantes e geradores de renda ou terão um período de sofrimento e decepção no que tange ao retorno de suas aplicações financeiras.

O que devo fazer: chorar?

   Se quiser chorar num primeiro momento, você tem esse direito. Fique à vontade. Depois, será imprescindível adotar os seguintes passos:

   1º Passo: Compreender que não é mais possível multiplicar capital somente com ativos de renda fixa, exceto se seus aportes forem altos demais;

   2º Passo: Começar a pensar como investidor se seu objetivo for a multiplicação de capital com vista ao alcance da independência financeira ou construção de riqueza;

  3º Passo: Começar a pensar no longo prazo. Esqueça a ideia de investir olhando apenas para os três primeiros meses ou anos. É utopia achar que alguém ficará rico da noite para o dia, principalmente investindo em ativos de renda fixa. Investidores de sucesso olham prazos acima de cinco anos quando decidem investir;

  4º Passo: Lidar melhor com o fator risco. Uma pessoa comum deseja aplicar seu dinheiro num investimento de baixo risco, alto retorno e que necessite de pouco capital. Esse ativo milagroso não existe. Se deseja maiores retornos em seus investimentos, comece a lidar com o risco. Altos ganhos significam maiores riscos. Menores riscos implicam em menores ganhos. Simples assim;

  5º Passo: Comece a estudar sobre investimentos. O mercado financeiro no Brasil está mudando e é indispensável que comecemos a entender onde estamos colocando nosso dinheiro. Não sabe o que é bolsa de valores? Estude a respeito. Desconhece termos como SELIC, CDI, títulos públicos e fundos de investimentos? Digite esses termos em algum site de busca e você terá várias fontes explicando sobre esses assuntos. Não sabe onde realocar seu capital, dado que os juros estão caindo? Busque orientação de um profissional ou, novamente, pesquise sobre esse assunto na internet. Simples assim.

A renda fixa não serve para nada então?

   Nada disso! A renda fixa continua tendo seu papel fundamental, mas não para servir como multiplicador de patrimônio no médio e longo prazo. Ativos de renda fixa são ideais para receber seu dinheiro que servirá como reserva de emergência. Sua reserva para fins emergenciais devem estar bem seguros. Para isso, a renda fixa é fantástica, pois o que importa nesse caso não é a rentabilidade, mas a segurança e liquidez.

Resuma esse texto em uma única frase, por favor

   A mensagem central que quero deixar aqui é esta: ou você procura ativos de geração de valor para construir e multiplicar seu patrimônio no médio e longo prazo (em ações, fundos imobiliários ou em negócios próprios, por exemplo, ou seu capital estará comprometido e perdendo valor em ativos de renda fixa.

   Vamos pensar sobre isso e abraços a todos.

As forças propulsoras nos investimentos

09,10,19

Por Enio Willian da Silva

   Já sabemos que investir o nosso dinheiro é uma atitude bastante interessante e que o retorno costuma ser atrativo. Toda essa recompensa acontece porque três forças agem em nosso favor quando decidimos colocar o dinheiro para trabalhar por nós.

   A primeira força é o capital. Sem dinheiro, não há como iniciar um investimento financeiro. Quanto maior a quantidade de dinheiro aplicado em um investimento, mais força você terá para construir seu patrimônio. Portanto, mesmo que seja um valor baixo, é importante possuir algum dinheiro para que ele comece a trabalhar em nosso favor. Imagine o capital que você poderá acumular poupando R$ 100,00 por mês?

   A segunda força que potencializa os nossos investimentos é a taxa de retorno. Imagine o montante que você poderá atingir se aplicar, mensalmente, esses R$ 100,00 em uma aplicação financeira cuja taxa de retorno mensal seja 0,8%? E quando o dinheiro obtido com os ganhos é reinvestido, temos o famoso poder dos juros compostos agindo (são os juros sobre juros). Acredite! Esse poder é fantástico.

   A terceira força, e a mais poderosa de todas, é o tempo. Entenda que o dinheiro possui valor no tempo. Não adianta você colocar R$ 1000,00 em uma aplicação que renda 0,8% se você não deixar esse investimento agir por algum tempo (durante um dia, um mês, um ano ou por uma década, por exemplo). Quanto mais tempo você deixa um capital investido, mais poder de multiplicação ele possuirá. Isso porque o fator “tempo” se encontra na potência dentro da fórmula dos juros compostos. Portanto, todo investimento possui três forças agindo dentro dele: o capital, a taxa de retorno e o tempo.

   Para concluir, não existem investimentos sem a existência dessas três forças agindo simultaneamente. Também não há como escolher uma opção com apenas duas delas em ação.

   Apenas para efeito de curiosidade, se você decidir aplicar R$ 100,00 mensais em uma opção de investimento que pague 0,8% de juros ao mês, durante um período de 10 anos, o capital acumulado chegará a R$ 20.181,92. Se você mantiver esse investimento por mais 5 anos, o montante saltará para R$ 40.276,94. O valor total quase dobra, sem necessitar dobrar o tempo. Percebeu o poder que essas forças têm em seus investimentos?

   Portanto, comece o quanto antes a construir sua própria carteira de investimentos que proporcionarão retornos atrativos a médio e longo prazo. Que tal começar hoje?

Tenha iniciativa, mas vá além…

11,06,19

Por Enio Willian da Silva 

   Tentar fazer algo é melhor do que não tentar nada. Com certeza você já ouviu frases como essa em algum momento da vida e ela tem suas verdades. Entretanto, não significa que as pessoas que tentam algo sempre conseguirão realizar seus projetos. De maneira alguma! Tudo pode dar errado, mesmo para aqueles que decidem fazer alguma coisa. A diferença é que os que tentam da maneira correta colocam as chances a seu favor e, provavelmente, os planos acontecerão com sucesso. Já os que não tentam já sabem, de antemão, que nada acontecerá com elas e, se acontecer, os resultados serão pouco desejáveis.

   Ou seja, não basta apenas ter iniciativa e começar a fazer algo. É necessário colocar as chances a seu favor e isso significa planejar corretamente. Quantas pessoas começam a fazer algo, mas falham? Quantos abrem vários negócios ou várias frentes de trabalho, mas nenhum prospera. Faltou iniciativa? De jeito nenhum! Parabéns pela iniciativa, pois isso já é um primeiro passo. Entretanto, faltou um planejamento correto, com os “pés no chão”. Faltou uma ação direcionada da maneira correta. Ou seja, faltou essas pessoas colocarem as chances a favor delas. Ação sem planejamento é imprudência e planejamento sem ação é apenas um sonho.

   Pense sobre isso!

   Abraços.

Quem casa quer casa: será?

23,04,19

Por Enio Willian da Silva

   Há um ditado muito conhecido no Brasil que diz: “quem casa quer casa”. Essa frase defende a ideia de que as pessoas que têm planos de se casar, antes de irem ao cartório oficializarem o matrimônio, precisam comprar a casa ou o apartamento próprio. Tal decisão até fazia sentido lógico em décadas passadas. Eu mesmo já defendi isso, tanto que financiei meu apartamento antes de me casar. Entretanto, será que esse ditado ainda faz sentido nos dias de hoje sob o ponto de vista financeiro, em pleno século XXI? Permita-me colocar alguns pontos de reflexão nessa ideia:

   Em primeiro lugar, não há nada de errado em se adquirir um imóvel. O problema se encontra quando essa compra se mostra um péssimo negócio, principalmente para um casal que está começando a construir a vida e precisa de mobilidade para conseguir oportunidades interessantes de trabalho.

   Bons negócios continuarão sendo bons negócios, péssimos negócios continuarão sendo ruins para uma das partes. Comprar um imóvel quando o comprador encontra uma ótima oportunidade é totalmente diferente daquele que compra sem ter nenhuma vantagem financeira e, em algumas situações, assumindo um financiamento caro por mais de 20 ou 30 anos.

   Se você prefere ter a casa própria por motivos emocionais ou psicológicos, trata-se de uma decisão pessoal na qual não tenho como argumentar a favor nem contra. Mas, olhando pelo lado financeiro, a compra da casa própria somente faz sentido se:

  • Você encontrar um imóvel bom (eu disse bom) por um preço abaixo da média de mercado e vê a necessidade de aproveitar esse “achado”;
  • Você conseguir uma taxa de juros de financiamento abaixo daquela que você conseguiria se investisse o capital total;
  • Você já atingiu sua independência financeira, deseja se estabelecer fisicamente numa região e, ali, construir raízes, e possui capital suficiente para comprar um imóvel à vista.

   Se você não se enquadra em nenhuma dessas situações citadas, sugiro fortemente morar de aluguel ao invés de comprar um imóvel. Por qual razão a maioria dos especialistas e consultores financeiros recomendam isso? De forma simples, quando você investe corretamente o capital que seria imobilizado numa casa ou apartamento, seu patrimônio cresce ao longo do tempo. Se você coloca tudo num imóvel, ele não se multiplica.

Como fica a situação para imóveis financiados?

   Se você financiou uma casa ao invés de comprá-la à vista, a situação é ainda pior, pois os juros do financiamento, geralmente, costumam ser maiores do que os rendimentos que você conseguiria se investisse corretamente o valor das prestações.

   Outro detalhe ainda mais cruel é quando descobrimos a verdade sobre financiar um imóvel. Se você financia uma casa, logo, você não é o dono dela, como a maioria erroneamente imagina.

   Existe uma frase muito conhecida que diz o seguinte: dentro de um financiamento imobiliário, a construtora (ou o antigo proprietário) fica com o dinheiro, o banco com o imóvel e você com uma dívida que levará 30 anos, em média, para ser paga. Ou seja, o dono do imóvel é o banco, não você. Nesse caso, morar de aluguel fica mais barato, pois o imóvel não será seu do mesmo jeito. Investindo corretamente, em menos de 30 anos você terá acumulado dinheiro suficiente para comprar o mesmo imóvel, só que à vista.

Há exceções?

   Sim, existem algumas exceções que devemos citar também. As principais são estas:

  • Financiar um imóvel se torna mais atrativo, financeiramente falando, quando a taxa de juros é menor do que os rendimentos que a pessoa conseguiria investindo o capital;
  • O banco nunca irá pedir para que você desocupe o imóvel enquanto você se mantiver em dia com as prestações. Isso já pode acontecer com um imóvel alugado. Entretanto, com tanta oferta disponível no mercado, o que não faltam são casas e apartamentos para serem alugados e por preços interessantes;

   Morar de aluguel nem sempre é um péssimo negócio, principalmente para aqueles que planejam suas vidas financeiras. Ao contrário do que muitos pensam, tomando as decisões corretas, esse estilo de vida pode acelerar o processo de enriquecimento. Uma vez com a independência financeira conquistada e com um bom patrimônio trabalhando para você, não haverá nada de errado em comprar seu próprio imóvel. A crítica é mais direcionada para aqueles que entram num financiamento sem fazer contas, sem planejar o futuro e sem pensar nas consequências que decisões de longo prazo podem trazer ao casal que acabou de iniciar uma vida a dois.

Descubra se você está crescendo em suas atividades profissionais

08,03,19

Por Enio Willian da Silva Romão

   Muitas pessoas trabalham por anos num determinado lugar e não veem satisfação nem crescimento em suas vidas. Sem dúvida, é uma constatação frustrante após anos de dedicação. É claro que existem diversas formas de saber se estamos crescendo ou atingindo nossos objetivos na carreira. Particularmente costumo fazer essa análise com base em três constatações.

   A primeira delas tem a ver com motivação. Você precisa estar motivado naquilo que faz. Quando isso acontece, o trabalho se torna prazeroso. Por isso, busque por trabalhos que te deem prazer.

   A segunda constatação diz respeito aos resultados alcançados por seu trabalho. Seus trabalhos dão resultados? Que tipo de resultado eles produzem? Se você trabalha há anos e não vê resultados satisfatórios significa que algo está errado. Aquilo que você faz precisa gerar bons frutos, mesmo que eles não apareçam nos primeiros dias, semanas ou meses. Se você quer crescer em sua atuação profissional, seus trabalhos precisam gerar resultados positivos.

   A terceira constatação diz respeito ao destino dos resultados que você produz. Não adianta seus trabalhos produzirem bons resultados se eles são endereçados para outro grupo de pessoas. Ela se resume na seguinte pergunta: quem recebe a maior parte dos lucros que você produz? Ou seja, para quem você trabalha? Se você trabalha para terceiros e não recebe nem 10% dos resultados que produz, dificilmente você crescerá.

   Todas essas constatações precisam ser analisadas para saber se você está crescendo ou não dentro dos trabalhos que desenvolve. Não basta dois deles serem atendidas se outra ficar pendente. Não adianta fazer o que gosta, obter resultados satisfatórios se grande parte deles não ficar com você. Também não resolve fazer o que gosta, ficar com grande parte dos resultados se seu trabalho não produz esses resultados. Igualmente ruim é obter bons resultados de seu trabalho, ficar com grande parte dele, mas não gostar do que faz. Mesmo porquê, se alguém não faz o que gosta, não terá prazer em trabalhar e, consequentemente, os resultados não virão.

   É importante lembrar que essas orientações não se aplicam para pessoas que desenvolvem trabalhos voluntários ou em favor de alguma causa nobre, pois os requisitos a serem verificados são outros.

   Portanto, para saber se você está crescendo profissionalmente, responda estas três perguntas básicas: (1) você faz o que gosta? (2) seus trabalhos geram resultados (eles são lucrativos)? e (3) quem recebe esses lucros ou a maior parte deles?

   Pense nisso!